"Desde o século V, cristãos europeus peregrinavam a centros religiosos, como Jerusalém e Santiago de Compostela, para pagar promessas, fazer pedidos ou como forma de penitência. Em 1071, os turcos de religião muçulmana conquistaram Jerusalém e proibiram os cristãos de visitar o túmulo de Jesus.
Reagindo a isso, em 1095, o papa Urbano II convocou os cristãos para uma guerra contra os “infiéis”, a fim de reconquistar a Terra Santa. Tinham início assim as Cruzadas: expedições militares que partiram da Europa, entre os séculos XI e XIII, a fim de combater os muçulmanos no Oriente e retomar a Terra Santa.
Os participantes das Cruzadas consideravam-se “marcados pelo sinal da cruz” e por isso bordavam uma cruz na roupa. Daí o nome de Cruzadas. As Cruzadas reuniram milhares de pessoas: homens, mulheres, crianças, nobres e camponeses, ricos e pobres, civis e religiosos. Os nobres iam a cavalo e bem armados; a maioria, porém, ia a pé e sem armas. Os motivos das Cruzadas foram de ordem material, social e religiosa:
- os dirigentes da Igreja queriam desviar a violência praticada pela nobreza guerreira, deslocando-a para fora da Europa;
- os mercadores ambicionavam aumentar o comércio com o Oriente;
- os nobres esperavam obter terras e outras riquezas orientais;
- as pessoas comuns esperavam obter a salvação eterna, pois a Igreja prometia aos participantes o perdão dos pecados."
Retirado de: Boulos Júnior, Alfredo. História sociedade & cidadania : 7º ano: ensino fundamental: anos finais /Alfredo Boulos Júnior. — 4. ed. — São Paulo: FTD, 2018.
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